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sexta-feira, 13 de dezembro de 2024

AUTO BIOGRAFIA DE BRUNO M

 Por: Só Falamos De Kuduro


            Registado pelo nome de William Bruno Diogo do Amaral, filho de Pedro do Amaral e de Merciana Manuel Pascoal Diogo, casado, de nacionalidade angolana, nascido na província de Malanje aos 15 de Setembro de 1985, hoje ao falarmos de Bruno M, falamos nem mais nem menos do que um jovem que dedica-se à música desde os tempos mais remotos da sua adolescência. Desde 1999 aos meados de 2004, foi praticante de rap das ruas de Luanda aos mais variados home estúdios da cidade.

           Ainda em 2004, por influência de amigos com quem partilhou vizinhança, tornou-se membro de um gang juvenil, conhecido por Alameda Squad, grupo muito polémico na época. Nos finais do mesmo ano, também conhecido por “Scocia” no seio do grupo, Bruno M e alguns membros do grupo são presos na C.C.L. (cadeia central de Luanda), fruto das praticas anti-sociais desencadeadas na época, vindo a passar lá alguns dias antes de liberdade. «Aquele foi como um mal necessário, pois foi praticamente ali onde tudo começou… Por influência de alguns jovens que lá faziam kuduro por diversão, comecei a escrever alguns versos de kuduro, nos quais retratava as minhas vivências na época…». Mais tarde, pós liberdade, decidiu corrigir e concluir alguns dos versos compostos na C.C.L., tendo então a sua primeira letra concluída intitulada “Não respeita, né?!”. «No princípio do segundo semestre de 2004 ainda procurei por alguém que cantasse o “Não respeita, né?!”, mas foi um esforço em vão, pois não encontrei alguém que cantasse como eu quis que a letra fosse interpretada. Na altura eu já fazia instrumentais de kuduro e captação de voz em estúdio caseiro, onde fazia a produção de vários kuduristas mesmo antes de eu começar a cantar, daí o nome de “Bruno Mágico” assim baptizado pelos mesmos kuduristas dos quais fazia a produção musical. Foi então quando experimentei interpretar a letra por cima de um instrumental de minha autoria e felizmente a música foi bem aceite, não obstante o facto de, nos primeiros dias receber ainda muitas criticas e ser alvo de troça de algumas pessoas que ainda não compreendiam a tendência inovadora que eu trazia ao estilo Kuduro, apesar de não ter cantado por fins de expansão». Não foi necessário muito tempo e já era notável um grande número de jovens que faziam kuduro inspirando-se no “Não respeita, né?!” de Bruno M.


               Daí observava-se, então, um grande exemplo de vida, particularmente aos jovens luandenses, numa altura em que estavam na sua maioria envolvidos em práticas menos lícitas como associações de malfeitores (gangs) e outras espécies de má conduta social. Após aperceber-se que podia fazer algo melhor, Bruno M entregou-se à arte na sua forma musical arrastando consigo uma legião de jovens que no passado perdiam-se em práticas criminosas e encontraram no Kuduro consolo e meio de manifestação e expressão.

          Sem qualquer objectivo profissional, Bruno M lançou nos meados de 2005 a sua segunda musica intitulada “I am”, expressão inglesa que significa “Eu sou”. «Como não deixava de ser, era uma música onde eu retratava as minhas vivências, a minha zona, em fim… Na verdade eu achei no kuduro um canal aberto onde pude me exprimir de modo livre e demonstrar ao público em geral que não éramos exactamente o que as pessoas diziam, mas sabíamos e fazíamos coisas melhores, dai a minha preocupação em trazer sempre um conteúdo musical de abrangência social com vista a contribuir modestamente para o equilíbrio da classe juvenil…».

          Ainda nos finais de 2005 Bruno M começou a compor a sua terceira letra intitulada “1 para 2”, tendo concluído a mesma apenas no segundo mês do ano seguinte. Era uma letra mais matura onde já apareciam versos com desencorajamento ao crime, em fim… “1 para 2”foi simbolicamente o começo de uma nova era do kuduro, tudo porque daí em diante já apareciam músicas de kuduro com um certo conteúdo informativo e educativo acima de tudo. Foram surpreendentemente três sucessos consecutivos, o suficiente para convencer qualquer ouvinte, e como onde há fumo, quase sempre há fogo, Bruno M foi recebendo muitas propostas contratuais de editoras e empresários atraídos pelo sucesso alcançado, sem querer, por este jovem músico que já não tinha nada para além do prazer em musicalizar para consolar a sua alma quebrantada pelos problemas sociais que o afrontavam. Estavam então as portas abertas para que se tornasse sólido o projecto “Batida Únika”.

             Foi então a partir de 2006 que Bruno M iniciou a produção executiva do seu primeiro álbum que viria a intitular-se “Batida Únika”, por se tratar de uma nova vertente do estilo Kuduro e que, desde então, tornou-se na forma padrão de fazer o estilo até aos dias de hoje. O processo de produção das 15 faixas musicais que compunham o álbum, nomeadamente “Não Respeita, Ne?!”, “Olha Quem Vem Ai”, “Para-choque”, “Toques De Caixa”, “Tsunami”, “I Am”, “Dança Da Tropa”, “Endju Tupiluke”, “E Bom!”, “Tropa 100 Farda”, “Txubila”, “1 Para 2”, “Sentem”, “60 Segundos” e “Maratona”, foi concluído apenas em 2008, ano em que foram oficialmente expostas 14 mil copias à disposição do impetuoso público amante do estilo, no dia 3 de Fevereiro, na portaria do cine Atlântico em Luanda, e subsequentemente Bruno M e o seu elenco iniciaram uma tournée inter-provincial em Angola com vendas do seu álbum e os respectivos shows de apresentação.

              Dentre outros eventos internacionais em que participou Bruno M, um dos mais relevantes aconteceu ainda no ano 2008, aos 25 de Janeiro, no Brasil em que, juntamente com outras vozes da música angolana, nomeadamente Ary, Noite e Dia e Yola Semedo, representou Angola em um evento cultural alusivo a mais um aniversario do estado de S. Paulo, no Brasil e concomitantemente da província de Luanda, em Angola. Trata-se de um evento que entreteve aproximadamente 80.000 espectadores estrangeiros que puderam presenciar o desigual ritmo do estilo Kuduro como uma vertente moderna da musica angolana. A grande importância do evento residiu no intercambio cultural que contribuiu para a expansão da musica angolana, em particular o Kuduro, sem esquecer a grande importância da data para os povos brasileiro e angolano.
Também foi em 2008 que Bruno M aparece no Top dos Mais Queridos, festival musical de maior relevância em Angola de frequência anual realizado pelo grupo Rádio Nacional de Angola onde são eleitos, através de votação pública, os dez melhores músicos de cada ano. A participação de Bruno M veio confirmar a qualidade da sua criação musical, evidenciando a sua modesta contribuição para a boa imagem do estilo Kuduro e a sua aceitação nos grandes grupos sociais.

                 Em Julho de 2009, Bruno M produz e lança o single “Dança Do Scomba” que tornou-se em um grande sucesso alem de fronteiras e garantiu a sua vitória na primeira edição do prémio Top Kuduro, realizado e produzido pela Rádio Escola, através do Grupo Cefojor aos 27 de Dezembro do mesmo ano.
Casou-se em Agosto de 2009 com Wine Carvalho do Amaral, com a qual tem um filho, William César do Amaral.

           Aos 10 de Abril de 2010, Bruno M participou de forma relevante em outro grande evento internacional no Pavilhão Atlântico, em Lisboa, Portugal. Ate agora considera-se que foi o maior evento internacional da musica angolana, pois levou um leque de aproximadamente 50 dos melhores artistas nacionais da idade contemporânea. O evento foi realizado pela LS Producoes comemorando uma grande efeméride para o Estado Angolano que significava o oitavo aniversario desde o acordo de paz definitivo assinado em Luanda aos 04 de Abril de 2002. Dentre o extensivo leque de artistas que que representaram no grande palco do Pavilhão Atlântico, Bruno M foi o escolhido para encerrar o evento, possibilitando assim que ate as 04 horas da manha ainda se encontrassem ai, de pe e sentados, milhares de cidadãos do quadro dos PALOPs e não so que aguardavam expectantes pela actuação de Bruno M. Foi um dos eventos mais singulares de toda a minha carreira musical… Eu me encontrava trancado no meu camarim, totalmente desesperado pois não acreditava que ainda encontraria publico na plateia visto que ja eram 04 horas da madrugada, mas confesso que, quando subi ao palco pude ter uma idea do quanto as pessoas ja estavam ligadas a minha musica, tanto africanos como indivíduos de outros pontos do mundo que se faziam presentes naquela grande sala de espectáculos, pois encontrei uma grande plateia que ultrapassou as minhas expectativas.
     

            De lá para cá, Bruno M é simplesmente uma das figuras mais emblemáticas do estilo Kuduro de todos os tempos, pelas suas características artísticas desiguais e por ser ele mesmo o compositor, interprete e produtor das suas próprias musicas, tudo isso de forma consideravelmente excelente e sem precedentes pelo seu outro lado de intervenção como agente social através da chamada de atenção, principalmente aos jovens angolanos de maneiras a contribuírem activamente no crescimento saudável do país por via da formação académica e profissional e consequente inserção no mercado de trabalho, pautando também pela boa conduta social dentro dos limites da moral e do civismo.
 
       Dentre outras competências profissionais ou intelectuais, Bruno M é compositor e produtor musical, estudante da Faculdade de Direito da Universidade Independente, em Angola e recentemente formado em Jornalismo Profissional pelo CeFoJor (Centro de Formação de Jornalistas) na modalidade teórica e pratica. É membro da associação A.H.A.R.P.E. (Acção Humanitária de Assistência e Reinserção de Presos e Exilados), na categoria de benemérito, com um objecto social unicamente filantrópico.

            Dentre outros projectos vindouros, Bruno M e a sua produtora têm em vista a realização de um filme que ira inclinar-se na própria historia da trajectória do artista.

Saiba mais em nosso site: https://sofalamosdekuduro.blogspot.com

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2022

Alameda Squad vs HDA: Morte de Renato reacende luta entre duas 'gangues' mais violentas de Luanda (Só Falamos De Kuduro)

                  De acordo com testemunhas, o caso aconteceu na noite de sábado, 05, numa festa que decorria no centro da cidade de Luanda. No decorrer da festa, um suposto agente da polícia que carregava uma arma de fogo, terá agredido o irmão de “Leandro Porra”, membro do grupo HDA.

Redação: Só Falamos De Kuduro

Revisão: Estevão Gaspar Guilherme

                  Chamado para acudir o irmão, Leandro e alguns amigos chegaram na festa, mas não terão encontrado o agressor. De seguida, houve um desentendimento com o jovem Teodoro Renato, que acabou por ser agredido com uma garrafa de champanhe da cabeça.

               Participantes da festa, de acordo com vídeos e comentários postos a circular nas redes sociais, dizem que Renato caiu inanimado, mas o grupo que o agredia não paravam com a violência, tendo o mesmo entrado em coma. O SÓ FALAMOS DE KUDURO sabe que Renato ainda foi transportado para uma unidade hospitalar, mas acabou por morrer.

A Rivalidade dos Antigos Grupos Mais Perigosos de Angola “Os Alameda e Os HDA”

               O grupo HDA foi desde o seu surgimento – em data desconhecida – liderado por Júlio Tchinhama Sumixi “Jú”, um jovem que foi
morto em Janeiro de 2012, nas mediações da embaixada portuguesa quando regressava da discoteca W-Club, em Luanda.
Embora os HDA apontam um agente do Serviço de Investigação Criminal (SIC), antiga DNIC, identificado por “Russinho”, como o autor dos disparos contra Júlio Tchinhama Sumixi, há, por outro lado, suspeitas de que à morte de Júlio terá sido em retaliação ao desaparecimento físico de um jovem identificado por “Kiss”, assassinado a tiro pelo malogrado líder dos praticantes de artes marciais.
             De acordo com dados, fazem parte dos HDA elementos de vários estratos da sociedade, como destacados jovens empreendedores, e outros praticantes de actividades não especificadas. Dos seus rendimentos, eles ajudam músicos e outros que solicitam os seus préstimos.
Recentemente ficaram com a fama de terem desembolsado cerca de 70 mil dólares americanos para soltura de um elemento seu identificado por “Pikito” que estaria a ter problemas com a justiça.
                Os HDA gozam da admiração de algumas pessoas inclusive de agentes do SIC, com quem tem ligações estreitas. Outros há que estão no SIC provenientes do referido grupo.
                  Em 2018, na semana da passagem de ano, os HDA tiveram desentendimento com um grupo conhecido por “Alameda Squad” na discoteca “Chill Out” em Luanda. Em função disto foram esfaqueados quatro indivíduos, dentre os quais Fernandes Silva “Nando Power”, que tem a fama de ter “sete vidas” por ter sobrevivido ao apanhar três tiros no dia em que o malogrado líder Júlio foi morto, em 2012.
De acordo com relatos, a briga recente na discoteca “Chill Out” aconteceu quando um jovem ao passar pisou sem querer, o Fernandes Silva “Nando Power” tendo entretanto pedido desculpas.
                  Ao tomar conhecimento do incidente, o actual líder do HDA “Pablo Ouro” terá reagido sob alegação de que o seu amigo não poderia aceitar que o caso ficasse “assim”.
“Pablo Ouro” teria dito que se o amigo assim permitisse que o assunto terminasse “em nada”, num outro dia alguém iria aparecer a despeja-lo cerveja no rosto e depois iria também encerrar o caso com um simples “pedido de desculpas”.
Entretanto, de forma a retaliar, o líder do grupo foi ter com o jovem que pisou o amigo Fernandes Silva “Nando Power” e deu-lhe um murro no peito dizendo que era o troco pelo que fez.
                  Momentos a seguir, o jovem fez um telefonema convocando os seus amigos dos “Alamedas Squad”. Quando estes chegaram com armas brancas (canivetes), talharam parte do rosto e corpo de quatro elementos identificados com os HDA. Um deles, ao ser levado para o hospital terá levado cerca de 70 pontos num rasgão que levou do peito. “Nando Power”, que ficou com o rosto rasgado levou cerca de 20 pontos.
No entanto, o SÓ FALAMOS DE KUDURO contactou o Porta-voz do SIC em Luanda, Fernando Carvalho, mas este, como é de costume, fechou-se em copas. Mais dados traremos nas próximas horas.


AUTO BIOGRAFIA DE BRUNO M

 Por: Só Falamos De Kuduro             Registado pelo nome de William Bruno Diogo do Amaral, filho de Pedro do Amaral e de Merciana Manuel P...