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sexta-feira, 10 de dezembro de 2021

VOCÊ SABE COMO SURGIU O KUDURO? SABE O QUE É? (SÓ FALAMOS DE KUDURO)

 

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REDAÇÃO: SÓ FALAMOS DE KUDURO

REVISÃO: MANO L7

           Estão na origem e formação do kuduro, os clássicos, “Jacobino” (1998), de Tony Amado, e “Felicidade” (1999), com textos narrados por Sebem, canções que fizeram do Kuduro, um género musical de fácil identificação rítmica, consistência estética e peculiaridade sonora, a que se juntaram as inegáveis contribuições das coreografias “desconstruídas” de Tony Amado, dois nomes incontornáveis na abordagem da origem e formação do Kuduro. Contudo, são anteriores a “Jacobino” e “Felicidade”, as canções: “Amba kuduro (1994), captada no estúdio de João Alexandre, com participação especial de Big Nelo, “Dance, dance k’dance Van Dame”, “Muadiakimi Kuduro” (1995), produzida por Beto Max, “Mongoloi” (1997), produção de Filipe Lobo, de Tony Amado, e “Feijão Duro” (1997) de Calô Pascoal, dos Necaf Brothers, um dos primeiros grupos influenciados pela estética sonora e coreográfica proposta igualmente por Tony Amado.

PRIMEIRO CONCERTO

             Tony Amado recorda, nostálgico e convicto, que foi a figura de cartaz no espectáculo que inaugurou oficialmente o kuduro, realizado em 1996, no campo desportivo do Club Vila Clotilde, organizado pelos radialistas: Paulo Gomes, Manuel Araújo e Sebastião Lino, apresentado por Jorge Gomes.

            À época ainda viviam-se os efeitos do encerramento das principais editoras discográficas e gravadoras angolanas, fenómeno que ocorreu com o advento da independência de Angola, um período que ficou marcado pela dispersão de muitos músicos e compositores, instaurando-se um vazio na produção da Música Popular Angolana, fase permeável à evasão da música Zouk, dos géneros cabo-verdianos, do tecno e da house music, os dois últimos géneros dos quais o kuduro herdou, fundamentalmente, a sequência dos beat’s, invadindo as pistas de dança das principais discotecas de Luanda. Mathieu e Pandemónio, foram dois espaços de dança e entretenimento, muito preferidos pelos jovens nesta altura.

                É assim que os produtores de kuduro empreendem a absorção e angolanização da batida tecno e da house music, géneros electrónicos surgidos em meados dos anos oitenta, na periferia de Detroit, EUA, com forte influência alemã, num processo que fundiu o ingrediente da rítmica do Semba, às formas entrecortadas do dizer poético, muito características do hip-hop, dando origem ao kuduro.

DANÇA

                A dança, um dos suportes paradigmáticos do Kuduro, embora estruturalmente vizinha do break-dance norte-americano, foi inspirada numa plasticidade coreográfica reconhecidamente angolana, procurando, de forma natural e progressiva, um acabamento musical em que a melodia e a harmonia são visivelmente relegadas para um plano secundário, sobrevalorizando-se o ritmo e a palavra inusitada. “Vaca Louca” e “Salsicha”, dançarinos de Tony Amado e depois de Sebem, são dois nomes de referência incontornável, que levaram ao apogeu a plástica mais arrojada da dança acrobática do kuduro.

TEMAS

           Tal como no hip-hop, a rua, e suas ocorrências do quotidiano, a crítica social e política, os comportamentos, os defeitos do adversário, designados “bifes”, ou o enaltecimento de virtudes, a auto promoção, e o uso irreverente da palavra obscena ou “obscenizada” são os temas e as estratégias recorrentes de composição do texto “kudurizado”.



MAN NELAS FT LEMOS PAUSADO - KUFWA TUNA (SÓ FALAMOS DE KUDURO)

 Artista: Man Nelas Título: Kufwa Tuna Gênero: Flocore DOWNLOAD